domingo, 1 de janeiro de 2012


Os olhos fechados, o som da voz de Kurt Cobain ao fundo, estirada em uma cadeira de madeira confortável e velha, lembrando do toque dos braços dele em sua cintura que á faziam delirar. Sem beijos, apenas toque. Era bom, viciante, gostoso. A mão que levava o cigarro á sua boca, tragava e tirava, para depois acontecer tudo de novo, até ele se tornar um toco, e ser jogado fora, pisoteado por ela e por tantas outras pessoas que também passariam por ali.
A musica que ouvia ao fundo, com pequenas desafinações de Kurt, mas que ela adorava. Era uma voz perfeita. Kurt Cobain, o perfeito, imperfeito.  A taça do seu lado com o vinho vencido que eles abriram juntos no ano novo mas que não conseguiram tomar tudo, ela guardou. Saboreava o sabor daquele vinho horrível e barato que ele tinha comprado de ultima hora, para festejarem juntos em sua varanda, se embebedando e tragando vários cigarros durante a madrugada toda. Foi divertido, mas acabou, garota. Esqueça, antes que estrague tudo. E a voz de Kurt continuava enquanto ela perdia a noção da vida...

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